Trata-se de um exame não invasivo, ou seja, que não requer sedação nem internação e praticamente não oferece riscos. O procedimento é simples e indolor: o paciente engole naturalmente uma cápsula com cerca de 2 cm , dentro da qual existe uma ou duas câmeras . As imagens são transmitidas para um cinturão preso ao paciente.
O exame tem duração aproximada de 8 horas, possibilitando o registro de cerca de 60 mil fotos ou mais. Durante esse tempo, o paciente é liberado do hospital ou clinica e pode realizar naturalmente suas atividades diárias, enquanto a cápsula percorre todo o intestino delgado, fazendo o mesmo trajeto que segue a comida.
Depois de oito horas o paciente retorna ao hospital para a retirada do cinturão onde ficaram armazenadas as fotos. A cápsula é eliminada naturalmente pelo organismo.
Até a criação desse exame, o intestino delgado era analisado por meio de endoscopia e enteroscopia. Os resultados não eram eficazes porque o máximo que esses exames conseguem analisar são dois metros do intestino, enquanto a cápsula endoscópica analisa o órgão inteiro. “A cápsula é eficaz em até 80% dos diagnósticos contra apenas 35% de eficácia dos outros exames”.
Eficácia e conforto
Por meio de um software específico, as informações armazenadas são transformadas em um filme de aproximadamente uma hora, a partir do qual o médico pode avaliar qualquer lesão do intestino delgado, possibilitando um diagnóstico preciso.
“Esse é um dos métodos para análise do intestino delgado. Com ele, é possível investigar pequenas lesões que não eram encontradas pelos outros exames”.
A cápsula é eficaz em até 80% dos diagnósticos.
O exame é indicado em casos de sangramento intestinal cujas causas não foram diagnosticadas por endoscopia e colonoscopia; para investigação da doença de Crohn (inflamação do intestino delgado); doença celíaca (alergia ao glúten) e nos casos de suspeita de tumores. A contraindicação é a suspeita de obstrução intestinal, o que impossibilitaria a eliminação da cápsula.