Retossigmoidoscopia

O que é a Retossigmoidoscopia Flexível:
A retossigmoidoscopia é um exame endoscópico que permite a visualização do interior da parte final do intestino grosso (reto e sigmóide) e o ânus. O instrumento utilizado é um tubo flexível com cerca de um metro de comprimento e um centímetro de diâmetro. Na extremidade final desse tubo existe uma mini-câmera que transmite, para um monitor colorido, as imagens do interior do intestino. Essas imagens são fotografadas ou gravadas.

Como é realizado o exame:
O paciente deverá comparecer a clínica no horário agendado, trazendo o pedido do médico e um acompanhante maior de 18 anos. O exame não será realizado sem o acompanhante.
A retossigmoidoscopia flexível é realizada numa sala apropriada. Antes do exame o paciente é orientado sobre o procedimento, a enfermeira punciona uma veia no braço para administração de medicamentos e monitora com equipamento seus sinais vitais durante o exame.  É um exame simples que, em alguns casos, pode dispensar a sedação. O paciente é posicionado, confortavelmente, numa maca, deitado de lado, para a esquerda.
Após a administração dos medicamentos sedativos, é realizado um toque retal para relaxamento dos esfíncteres anais, seguido da introdução do aparelho. Após posicionamento apropriado, o aparelho é introduzido suavemente através dos segmentos finais do intestino grosso, permitindo o exame cuidadoso de toda a mucosa e do canal anal interna e externamente. Para melhorar a visualização, é necessário injetar pequenas quantidades de ar dentro do intestino, o que pode causar um pouco de cólica. Quando isso ocorre, esse ar é retirado através do próprio aparelho, aliviando a distensão.

Preparo para o exame:

Para a realização desse procedimento é necessário o pedido do médico e o agendamento prévio. O paciente deverá informar a idade no momento do agendamento, pois, pacientes com menos de 15 anos ou mais  que 75 anos podem precisar de acompanhamento do médico anestesista durante o exame.
Durante o procedimento endoscópico, a parte final do intestino precisa estar completamente limpa, isto é, isenta de fezes e resíduos alimentares. Partículas de fezes ou de alimentos interferem na visualização adequada e na segurança do exame. É necessário realizar preparo intestinal, orientado pelo médico. No momento da marcação do exame será entregue uma ficha com as orientações detalhadas para o preparo do intestino. Habitualmente se utilizam laxantes de aplicação anal, semelhantes a supositórios líquidos, os quais são aplicados algumas horas antes do procedimento.
Quase todas as medicações podem ser tomadas normalmente, antes e após o exame, mas algumas podem interferir com o preparo. O melhor é informar sobre as medicações em uso e sobre qualquer alergia a medicamentos.

O que acontece após o exame:
Após o exame, o paciente permanece em uma sala de repouso até diminuir os efeitos do sedativo. Nesse período poderá sentir o abdômen um pouco distendido e com cólicas. Esse desconforto desaparecerá assim que os gases que foram injetados no cólon durante o exame sejam eliminados.  Quando estiver se sentindo bem o paciente é liberado para casa onde poderá alimentar-se normalmente. Porém, a ingestão de bebidas alcoólicas deverá ser evitada durante as próximas 12 horas. Não deve conduzir veículos. No caso de mal estar, náuseas, vômitos, sangramento intestinal ou dor abdominal deve retornar ao serviço de endoscopia ou entrar em contato com o médico assistente.

Segurança do exame:
Complicações relacionadas ao exame podem ocorrer, mas são raras. Podem estar relacionadas à sedação (quando realizada), ou ao exame propriamente dito.
As complicações relativas à sedação variam de uma flebite superficial (vermelhidão e inchaço no local da punção da veia), até situações de maior gravidade com hipotensão arterial (queda de pressão), bradicardia, depressão respiratória, broncoaspiração e parada cardiorrespiratória.
Sangramento e perfuração intestinal são eventos improváveis e extremamente raros durante esse exame.
É preciso que haja uma boa interação entre o paciente, o acompanhante e o médico endoscopista para minimizar essas complicações, bem como tratá-las adequadamente.